
TALENTO PRECOCE
Drika defende o País no Sul-Americano do Equador
Drika defende o País no Sul-Americano do Equador
Ela tem 1,50m e 44kg de pura determinação somada à raça cearense. Próxima de completar 19 anos - nasceu em 20 de maio de 1999 -, a judoca Karla Adriane de Sousa surpreendeu até o seu treinador Cardoso Neto. “A Drika treina no projeto Revarte - Judô para Todos desde a sua implantação, há cinco anos. E o nível que ela atingiu até aqui é surpreendente. O tempo de maturação para alcançar a evolução dela é de pelo menos seis anos”, confirmou o técnico Cardoso Neto.
Por conta do seu precoce desenvolvimento nas técnicas do esporte, Drika é que comanda a orientação aos alunos novatos enquanto os professores Cardoso Neto e Marcelo Barbosa não chegam para dirigir as aulas. Ela treina duas vezes por dia, de segunda a sexta-feira e concilia o esporte com as aulas na Escola João Nogueira Jucá. Está no 3º ano do 2º Grau.
Judoca faixa roxa, seu sonho é chegar à faixa preta, e esse sonho não está tão longe, apenas a faixa marrom a separa da sua principal meta. E quanto aos planos para o futuro, “quero ser professora e treinar as crianças, bem como fazer o curso de Educação Física”, falou Drika.
Medalhista de bronze nos campeonatos brasileiros Júnior e Sênior no ano passado e também campeã cearense, ela conseguiu um significativo feito no fim de semana passado, em Salvador, na Bahia.
Campeã da seletiva
Superando dificuldades e contando com apoio da Sesporte, que forneceu as passagens, Drika, com a parceira Ana Nimara, disputaram a Seletiva Sub 23 organizada pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ) exatamente na “Terra do Senhor do Bomfim”. E com sua raça e determinação, Drika conseguiu a medalha de ouro da competição na categoria -44kg - superligeiro. Com essa conquista, ela também garantiu vaga na Seleção Brasileira que vai representar o País no Sul-Americano, que será realizado no mês de maio, na cidade de Quito, no Equador. Essa seleção, composta por atletas de seis estados diferentes, também participará do Grand Slam do Rio de Janeiro e a Copa do Mundo em Belo Horizonte/MG, competições que acontecerão em julho e das quais Drika está fora, pois não há disputa para judocas superligeiros.
Dificuldades
O técnico da campeã brasileira Drika, Cardoso Neto, informou que a faixa etária do grupo de judocas da Revarte gira em torno de 5 a 17 anos. Ele afirmou que os atletas participam de todas as competições que podem, mas frisou que a principal dificuldade da equipe é financeira. “Precisamos de dinheiro para as inscrições nos campeonatos, principalmente os disputados fora do Estado”, concluiu o treinador.
FONTE (foto incluída): Diário do Nordeste (Assinatura) - Fortaleza,CE,Brazil