
Nas matérias anteriores pudemos perceber que apenas um pequeno número de academias do Estado são filiadas a Federação Mineira de Judô/FMJ. A maioria das academias organizadas pertencem as ligas de judô.
Se pratica um bom judô nas ligas, mas por razões geográficas, financeiras, e mesmo políticas, não participam estas dos mesmos eventos das academias federadas.
O Minas Tênis Clube mantém profissionalizada uma poderosa equipe de judô, e, recentemente, graças a forte participação da Prefeitura Municipal, o Judô Águia Branca de Betim conseguiu fortes resultados em eventos nacionais. Mas, fora isto, não estaremos cometendo nenhum ato de desrespeito ao afirmar que o judô praticado nas Ligas, e o que se pratica nas academias federadas, é, até, bem parelho.
Assim dizer que o judô mineiro não ganharia com a unificação é apenas arrogância sem sentido. Já seriam aí mais de sessenta academias disputando, e, mesmo que pagassem taxas quatro vezes menores proporcionariam a FMJ maior arrecadação/clube. Sem falar nos atletas.
Mas mesmo uma pesquisa precária permitiria ainda outra leitura. Existem dezenas de academias que não se filiam a ninguém, talvez centenas, como localizá-las? Os municípios são cadastrados junto a diversas secretarias do Estado, e, o próprio Estado de Minas Gerais poderia levantar este cadastro através da Secretaria de Esportes e Juventude. Só aí poderíamos saber quantos realmente somos.
A partir disto enfrentaríamos a uma poderosa questão: Temos a vontade política de ser um só judô? É isto o que desejam professores e atletas. Poque se isto for a nossa vontade pode ser feito. Quantos mais nós formos menores taxas pagaremos! Melhor será o nosso judô! Maior será a nossa capacidade de diálogo.
Mas, o direito tem um ditado que diz:
"a verdadeira justiça está em tratar desigualmente os desiguais", e não é possível que o velho professor de uma academia perdida no interior de Minas, seja exigido pelo mesmo critério que tratam por exemplo do MTC, USIPA, CRES DE VARGINHA e ÁGUIA BRANCA, são necessários então alguns critérios especiais, outros de transição, mas, principalmente, flexibilidade para tratar cada caso com suas peculiaridades, observado um princípio geral:
"o mais importante é que estejamos juntos!" DOMINGOS DE SOUZA NOGUEIRA NETO
VICE-PRESIDENTE DA FMJ
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